Você não precisa descobrir que vai morrer para começar a viver...


Começar a viver não significa curtir a vida adoidado a base de "sexo, drogas e rock in roll", significa deixar de ser egoísta ou arrogante, perdoar ou pedir perdão, reclamar menos, valorizar pequenos gestos e momentos, compartilhar, pedir ajuda, conversar, amar...

Conseguir, comprar, vencer, ganhar, aumentar, ter...às vezes nos preocupamos com tanta coisa insignificante e não valorizamos as que mais importam.

Esquecemos que a vida passa.

Sem perceber deixamos de viver...

Ontem assisti uma reportagem no Jornal da Record sobre um vídeo que já ultrapassou mais de 8 milhões de acesso no Youtube. Esse vídeo, que na verdade é um documentário, mostra os últimos dias de vida de Zach Sobiech, um jovem americano que morreu aos 17 anos na semana passada (dia 20).

Zach descobriu aos 14 anos que tinha um raríssimo tumor maligno (que ataca os ossos) chamado de Osteossarcoma. Para diminuir o avanço do tumor, Zach começou suas sessões cirúrgicas e quimioterápicas. No total ele fez 10 cirurgias e 20 sessões de quimioterapia.

Mas no ano passado (2012), depois de todo tratamento que foi realizado, os médicos descobriram que a doença tinha chegado aos pulmões e constataram que não havia mais nada que pudesse ser feito, Zach teria que esperar pela morte.

Foi nesse momento, que Zach mostrou uma grande lição de vida. Ele não desistiu de viver, muito menos ficou reclamando da sua situação, questionando. Ele agiu diferente e até mesmo inovou na forma de encarar um problema tão sério, deixando um recado para o mundo e inspirando a muitos com seu exemplo. Ao invés de se trancar no quarto e esperar a morte chegar, ele começou a viver...

Entre as muitas coisas que fez, durante os poucos meses de vida que lhe restava, Zach se dedicou à música e com a ajuda de uma amiga de infância, ele gravou o seu primeiro álbum intitulado Fix me up (conserte-me, em inglês). O álbum foi lançado no começo de 2013 e uma de suas músicas, chamada “Clouds” (Nuvens), acabou tornando-se um dos vídeos mais acessados no Youtube.


A reportagem que assisti no Jornal da Record sobre o adolescente me chamou atenção e resolvi assistir no Youtube  o documentário chamado My Last Days (Meus últimos dias) que narra a vida de Zach durante o seu último ano de vida e compartilhar aqui no blog. Está em inglês, mas é possível entender a mensagem deixada:


Impossível não se emocionar com o exemplo deixado por Zach. No vídeo podemos ver um jovem feliz, alegre, algumas vezes emotivo por causa da situação (quem não ficaria?) mas sempre com um brilho nos olhos e com uma vontade de aproveitar da melhor forma a dádiva da vida.

Ele sabia que a morte era algo inevitável. Sua família sabia. Seus amigos sabiam. Mas os dias que poderiam ser de dor e sofrimento se transformaram em dias de alegria, de união, de realização de sonhos e até mesmo de superação.

“Me disseram que eu tenho poucos meses de vida. Mas eu ainda tenho muito trabalho a fazer. Eu quero que todo mundo saiba: você não precisa descobrir como vai morrer. Apenas comece a viver.”

Eu posso estar escrevendo esse post e daqui há alguns meses não está mais por aqui, da mesma forma que você pode estar lendo e não estar mais por aqui - quem sabe no próximo mês.

Você sabe o dia da sua morte? Eu também não sei, mas o fato é que ela pode acontecer a qualquer momento, ou não?

Assim como Zach, nós também podemos ter apenas alguns meses, quem sabe dias ou horas de vida, a diferença é que ele recebeu a notícia e decidiu como seriam seus últimos dias, mas como ele bem disse: nós não precisamos "receber a notícia" que vamos morrer para começarmos a viver, podemos fazer isso a partir de agora.

Lembrando que a vida não acaba aqui, ela continua na eternidade e somos nós quem decidimos onde iremos passar essa eternidade.


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