Fé que cura

 


Atualmente, especialistas da área médica, baseados em estudos realizados em diversos hospitais ao redor do mundo, estão percebendo que a fé é capaz de curar os enfermos, ou, pelo menos, contribuir para que haja uma melhora.
No Brasil, há estudos que relacionam fé e cura e que estão em andamento em alguns centros de ensino superior como Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os estudiosos sobre o assunto concordam que o ser humano que tem uma vida espiritual mais intensa possui menos possibilidade de desenvolver doenças, apresenta melhor recuperação e consegue resultados positivos nos tratamentos.
Nos Estados Unidos, é exigido, há mais de 10 anos, que todos os programas de residência para psiquiatras incluam no currículo questões religiosas e espirituais. No Brasil, o Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP (IPqFMUSP) oferece uma disciplina de pós-graduação denominada Metodologia de Pesquisa em Saúde e Espiritualidade, inédita no País. Nela, os alunos aprendem, com rigor metodológico, como fazer pesquisas envolvendo a espiritualidade.
De acordo com o Médico Frederico Leão, houve um retorno das questões relacionadas à fé. “A ciência avançou, mas não conseguiu resolver todos os problemas. Hoje o pensamento é buscar a religiosidade como algo complementar à saúde, pois traz resultados melhores”, diz Frederico Leão.
O psiquiatra esclarece que a doença se relaciona com o modo de vida de cada pessoa. Já a saúde tem relação com a maneira como cada pessoa compreende a natureza espiritual. “Espiritualidade e poder da fé propiciam um equilíbrio mais abrangente à vida da pessoa. Hoje, há muitos trabalhos científicos mostrando estas evidências”, acrescenta.
Para Frederico, a fé aliada ao tratamento médico pode curar. “Os estudos que comparam psicoterapia e tratamento medicamentoso mostram que a associação dos dois potencializa.” Ele informa que as pessoas que têm fé e frequentam templos estão menos expostas a fatores prejudiciais à saúde. “Os riscos são menores e a proteção é maior para aqueles que professam uma crença. Além disso, possuem hábitos mais saudáveis, orientação equilibrada e pertencem a grupos religiosos que são acolhedores nos momentos de dificuldades.”
Provas científicas
Existem estudos que apontam que há aumento do fluxo sanguíneo nas regiões do cérebro conectadas às áreas do sistema imunológico quando o ser humano ora. Com isso, a fé libera substâncias que estimulam as células de defesa do organismo.
Pesquisas mostram também que pessoas que vão a templos religiosos mais de uma vez por semana vivem cerca de sete anos mais do que as que não frequentam esses lugares.
Um outro estudo, realizado em 1998 por médicos do Centro Médico da Duke University, revelou que indivíduos que iam à igreja semanalmente quase não eram internados, ou, caso fossem, não ficavam muito tempo no hospital.
De acordo com o Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick, a partir de estudos realizados pelo médico americano Harold Koenig e sua equipe, ao rezar, pessoas religiosas conseguem, indiretamente, controlar suas patologias. Acham que têm Deus ao seu lado e que Ele não vai abandoná-las.
Este fator impede o isolamento que prejudica os enfermos. Num estudo com 455 velhinhos hospitalizados, Koenig percebeu que o período de internação dos que buscavam por Deus mais de uma vez por semana era de quatro dias. Já os que frequentavam esporadicamente ou nunca iam a cultos passavam até 12 dias no hospital.
Fonte: Plenitude

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